O texto abaixo, complementar à matéria da Rede Globo, é da professora da UFRJ, Fernanda Bruno, que também pesquisa sobre o tema Vigilância. Transcrevi de uma postagem do seu blog Dispositivos de Visibilidade e Subjetividade Contemporânea, publicada em Novembro de 2007:
Cresce em todo o mundo a instalação de câmeras de vigilância em escolas, sob o argumento de prevenir atos de vandalismo e violência. No Brasil, São Paulo e Brasília têm os maiores projetos de vigilância nas escolas públicas. Em São Paulo, 300 escolas da rede municipal estão sendo equipadas e no Distrito Federal são 620 escolas públicas a contar com câmeras de vigilância.
Segundo a ABESE (Associação das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança) as escolas privadas foram pioneiras no uso de monitoramento eletrônico, o que não surpreende, em particular no Brasil, onde a vigilância privada supera em muito a pública, o que nos diferencia de boa parte do mundo em termos de vídeo-vigilância. É perturbador ver essa adesão inquestionada à vídeo-vigilância e a sistemas de inspeção policiais em ambientes escolares.
3 comentários:
e o caso bruno do flamengo...
pagava uma boa "bufunfa" para sentir-se protegido (monitorado) pelo sistema (gps instalados nos carros, celular, etc...).
entretanto um cem números de provas (punição) estavam sendo geradas contra si e seus protegidos.
ressaltamos, pelas mesmas ferramentas de vigilância & proteção (?!?!), que em tese deveriam protegê-lo.
só lhe resta, portanto, alguns anos de acolhimento em algum panóptico mineiro.
é isso aí, o feitiço virou-se contra o feitiçeiro....
Gostei da forma de resistência contra a vigilância... a garota filmando a camera escondida é um belo exemplo de como se pode "vigiar os vigias". kkkkk.
Há sempre, pelo menos, dois lados dessa "moeda". Um bom o outro péssimo. Mas vivemos o que George Orwell preconizou em "1984".
José Antônio G. da Conceição
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