domingo, 9 de maio de 2010

Vigilância e Violência Urbana

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Não é difícil se perceber que muita gente gosta da ideia de aumentar e melhorar os sistemas de vigilância, pois, em tese, isso deveria diminuir o estado de violência que se vive nas grandes cidades (seja do Brasil ou em qualquer outro local do mundo).

Câmeras, por exemplo, espalhadas em bancos, escolas, ruas e ônibus, seriam inibidoras dessa violência. Portanto deveriam inibir homicídios, sequestros e assaltos.

Porém algumas pessoas em redor do mundo desconfiam dessa equação muito simples: Mais Vigilância = Menos Violência. Acredita-se que muitas variáveis podem estar por trás dessa "necessidade" de vigilância. Empresas de equipamentos, apenas como um exemplo, podem querer formar lobbies nas Câmaras de Vereadores, dentre outras, para que se comprem mais câmeras, e incrementem os saldos de suas contas bancárias.

O vídeo que segue foi publicado no dia 05 de Março desse ano no canal R7, da Rede Record, e dá um indício importante sobre a questão entre violência e vigilância. Neste vídeo a repórter chega a deduzir que as câmeras dentro dos ônibus no Rio de Janeiro não estão inibindo os assaltos.

Vale também notar que o vídeo faz parte do acervo do programa Balanço Geral. Ali, ao final da reportagem, o apresentador Wagner Montes dá sua receita de como tratar os "elementos" que assaltam os veículos públicos. Infelizmente, mais um exemplo de como fazer com que a população que assiste ao programa tenha uma visão simplista (e geradora de novos atos violentos) de como lutar contra a violência urbana.

2 comentários:

Anônimo disse...

Argh !!!

Jornalismo marron, cinzento, podre, sombrio. São os adjetivos que podemos usar para definir programas como esse Balanço Geral, que se dissemina pelo país, com suas teorias ridículas que dilapidam as bases da democracia.

Belo e instigante blog.

bjs,

Su

Anônimo disse...

Joseph-Pierre Proudhon:


"Desde o momento que o homem procura os motivos da verdade soberana, desde este momento o homem se revoltou. Se ele não obedece mais porque o rei comanda mas porque o rei prova, pode-se afirmar que de agora em diante ele não reconhece mais nenhuma autoridade e que ele se fez a si mesmo seu próprio rei.

Infeliz de quem ousará conduzi-lo e não lhe oferecer, por sanção de suas leis, senão o respeito de uma maioria: porque, cedo ou tarde, a minoria fará maioria, e este déspota será derrubado e todas as suas leis destruídas."