domingo, 10 de outubro de 2010

Foucault e a Sociedade Disciplinar

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Na última sexta-feira (08/10/2010) tive um encontro com a professora Heliana Conde. Ela é Doutora em Psicologia Escolar pela Universidade de São Paulo (USP), e hoje ensina na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), localizada no bairro do Maracanã. Ali, no Instituto de Psicologia, foi onde ocorreu o encontro e uma entrevista foi realizada, a respeito de suas pesquisas sobre Michel Foucault.

A seguir posto a primeira questão feita a ela e sua resposta em vídeo.

Até Quarta-Feira, com a continuação da entrevista.

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1 – Acerca do seu artigo Cartografias Minoritárias do Enclausuramento, no Livro coletânea Cartografias de Foucault (Editora Autêntica).

Você diz no texto (pg. 152) que passeia de bicicleta por Vigiar e Punir (com direito inclusive a boas risadas). E logo de início, deixando clara sua paixão por Foucault, você se permite caracterizar o livro dele a partir de três fragmentos:

  • [O poder disciplinar] adestra as multidões confusas, móveis, inúteis de corpos e forças para uma multiplicidade de elementos individuais – pequenas células separadas, autonomias orgânicas, identidades e continuidades genéticas, segmentos combinatórios.
  • A multidão, massa compacta, local de múltiplas trocas, indivíduos que se fundem, efeito coletivo, é abolida em proveito de uma coleção de indivíduos separados […] multiplicidade enumerável e controlável […] solidão sequestrada e olhada […].
  • A disciplina […] modela os comportamentos e faz os corpos entrarem em uma máquina, as forças numa economia.
Esses três fragmentos também ajudam a compreender o que acostumamos chamar de Sociedade Disciplinar ?

Um comentário:

Anônimo disse...

Há democracia e liberdade enquanto nos mantemos no fluxo determinado pela Sociedade de Controle. Quando nos desviamos estamos nos arriscando a sofrer as punições cabíveis. Lembrei de Skinner !!!

bjs,

Sylvia (bsb)